terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Alheio

                                                         
                                                

                


                                                                                                       
                                                               



Nessa chuva que 

agora cai pela janela, 
percebo o quanto me é lícito apreciart-te, 
vejo que não tenho explicação para falar
 de como tu és incondicionalmente grandioso.
 E como agradecer tamanha generosidade e peculiaridade
pois ao preocupar-se tanto assim comigo, 
mesmo sem merecer, vejo quanto sou ingrato,
 quando dá-me tudo e não sei sequer agradecer. 



No simples desabrochar da flor encontro a tua mão, 
e enxergo que das mais simples às mais complexas 
das tuas obras tua imagem se reflete 
porque és grande e grande são teus feitos. 
E se impondo e contrapondo como uma poesia desritmada,
 confundes o completo com complexo
o grandioso com a simplicidade, 
tudo para percebermos
 o quanto somos pequenos de mais se comparados a ti.
 Se as folhas da árvore da vida hoje caem
 é para que como um milagre possas recomeçar,
 reviver, recomeçar.
 Pois se agora minhas folhas estão murchas e secas,
 sei que um dia elas foram belas e vigorosas,
 e trouxeram sombra àqueles que estavam precisando descansar.
 Ainda que hajam noites escuras
 e trevas para me obscurecerem
 tua luz radiante há de me aparecer,
 ainda que meu céu se encha de nuvens escuras, 
por mais que eu pense que a tempestade não terá fim, 
pela manhã o Sol me dirá se ainda mereço o seus sublimes rádios vitais. 

By: Cléber Moura

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